quinta-feira, 31 de março de 2011

GRAVIDADE DA TERRA REVELADA PELO SATÉLITE GOCE


ESA/HPF/DLR

Notícia
O satélite GOCE, da ESA, agência espacial europeia, mapeou a gravidade da Terra com detalhamento sem precedentes. Agora, os cientistas têm acesso a um modelo geoide (forma verdadeira da Terra, que não é esférica, mas sim achatada nos polos) mais preciso para que se entenda como o planeta funciona.

A imagem mostra a superfície ideal do oceano, na ausência de marés e correntes marítimas, moldada pela gravidade. Ela serve como referência para medir a movimentação dos oceanos, a mudança no nível do mar e a dinâmica do gelo – e como tudo isso é afetado pelas mudanças climáticas.

- [...] Estou particularmente animado com os primeiros resultados oceanográficos. Eles mostram que o [satélite] GOCE nos fornece a topografia dinâmica e os padrões de circulação nos oceanos com qualidade e resolução sem precedentes. Estou confiante que esses resultados vão nos ajudar a melhorar a compreensão da dinâmica dos oceanos no mundo.

Especialistas estão discutindo o uso do satélite para conseguir avanços no estudo dos oceanos e do clima e melhorar o entendimento sobre a estrutura interna da Terra.

Uma das opções é analisar os dados fornecidos pelo satélite para conhecer com mais profundidade os processos que causam terremotos, como o que atingiu o Japão recentemente.

Como esse terremoto foi causado pelo movimento das placas tectônicas abaixo do nível do oceano, essa ação das placas não consegue ser detectada do espaço, mas os terremotos deixam marcas na gravidade do planeta que poderiam ser usadas para entender os processos causadores desse tipo de catástrofe e, finalmente, ajudar a prevê-la.

Lançado em 2009, o satélite GOCE já recolheu dados sobre a gravidade terrestre por um ano.
R7, 31/03/2011

segunda-feira, 14 de março de 2011

PARAÍBA: Economia


PIB da administração pública na Paraíba é o maior do Nordeste

           Dados do IBGE mostram que a administração pública na Paraíba tem a maior participação no PIB entre os nove estados do Nordeste e detém um das quatro maiores taxas do país. No último levantamento do IBGE, divulgado no ano passado (PIB de 2008), a administração pública, educação pública e saúde participavam com 31,3% da riqueza gerada no estado, enquanto a média da região Nordeste é bem menor (22%) e no país a taxa chega a ser a metade (15,8%).
           Os estados da região Nordeste que chegam mais próximos da Paraíba são Piauí (28,3%), Rio Grande do Norte (27,7%) e Alagoas (27,2%). Já os estados da Bahia (16,9%) e do Maranhão (19,9%) possuem as menores participações da administração pública na geração de riqueza.
           Para o gerente da Etene, Airton Júnior, “as regiões menos desenvolvidas caracterizam-se por possuir uma menor base econômica, decorrendo então uma maior dependência do setor público. À medida que a região se desenvolve, o setor privado floresce, de forma que a participação do setor público, no total da economia, tende a declinar. Conforme mencionado anteriormente, investimentos em educação, qualificação da mão-de-obra e em infraestrutura são fundamentais para se alavancar um processo de desenvolvimento sustentável. Além disso, deve-se buscar a eficiência da gestão pública em termos de processos e implementação de políticas e programas. Consideramos que tanto o estado quanto a iniciativa privada são atores fundamentais para se promover o crescimento e desenvolvimento econômico”, ponderou.
           De acordo com o IBGE, as atividades que mais se aproximam do peso da administração pública na economia paraibana, que representa quase um terço do PIB, é o setor de comércio e serviços de manutenção e reparação com 15,4%. Em terceiro, vem o setor da indústria de transformação (9,9%) do PIB.

Indústria


Conforme: Jean Gregório
Do Jornal da Paraíba. 27/02/2011. postagem-14/03/2011.

TERREMOTO NO JAPÃO


Mudança no eixo da Terra

           A costa do Japão pode ter se movido cerca de quatro metros para leste após o terremoto de 8,9 graus na escala Richter que atingiu o país na última sexta-feira (11), afirmaram especialistas.

         Dados da rede japonesa Geonet - recolhidos de cerca de 1.200 estações de monitoramento por satélite - sugerem que houve um deslocamento em grande escala após o terremoto.
Roger Musson, da agência geológica britânica (BGS, na sigla em inglês), disse que o movimento ocorrido após o terremoto era "compatível com o que acontece quando há um terremoto deste porte".
        O terremoto provavelmente mudou o equilíbrio do planeta, movendo a terra em relação a seu eixo em cerca de 16,5 cm. O tremor também aumentou a velocidade da rotação da Terra, diminuindo a duração dos dias em cerca de 1,8 milionésimos de segundo.
        A agência meteorológica do Japão propôs aumentar a magnitude do terremoto para 9.0. Isso faria do tremor o quinto maior da história desde que tremores começaram a ser registrados. Outras agências, no entanto, ainda não atenderam ao chamado.
Brian Baptie, também da BGS, explicou que o tremor ocorreu na Zona de Subducção, como é chamada a região onde duas placas tectônicas se unem - no caso do Japão, a placa do Pacífico, a leste, e outra placa a oeste, que muitos geólogos acreditam ser uma continuação da placa Norte-Americana.

Conforme Teoria de Palcas Tectônicas
          A placa do Pacífico está se movendo para oeste sob o Japão. E, à medida que isso acontece, arrasta com ela a placa Norte-americana para baixo e para oeste.
         Quando o terremoto ocorreu, a placa que estava por cima deu uma guinada para cima e para leste, liberando a energia acumulada enquanto as duas placas estavam em atrito.
Isso mexeu com o leito do oceano, deslocando uma enorme quantidade de água - o que levou a um tsunami.
          Segundo Ken Hudnut, um geofísico da agência de geologia dos EUA, em Pasadena, na Califórnia, disse à rede MSNBC que informações que dependem de dados de GPS, como mapas, navegadores por satélite usados em carros e registros de propriedade terão que ser mudados no Japão após o terremoto.

- A rede nacional [japonesa] que define limites de propriedades foi mudada. Cartas náuticas terão que ser revisadas por conta da mudança da profundidade da água.

Área do Japão

Placas Tectônicas



Por: BBC Brasil e R7.14/03/2011.